Análise sobre o espaço nos filmes Doctor Strange e 2001: A space odyssey
O filme Doutor Estranho (2016) conta com elementos do espaço para enriquecer, não só sua fotografia, mas sua história. Um exemplo de como o espaço interfere diretamente na narrativa, são as cenas que se passam na chamada dimensão espelhada, uma versão do mundo real que não o afeta. Na sequência de cenas que se passa de 01:16:50 até 01:20:00 de filme, localizada na dimensão espelhada, a textura de vidro quebrado é usada para dar a sensação de mudança de dimensões. Também é muito presente o uso da perspectiva e da movimentação rápida em diferentes planos da cena para criar sensação de um ambiente infinto. O uso de diferentes ângulos e posicionamentos, tanto dos objetos quanto da “câmera”, faz com que uma imagem composta apenas com elementos e cores de um cénario de cidade comum pareça um lugar totalmente diferente.
Cenário de cidade distorcido na dimensão espelhada 01:18:48 |
Uso da perspectiva e do movimento 01:19:16 |
Dentre as diversas cenas intrigantes e complexas de 2001: Odisseia no Espaço (1968) a que mais me chamou atenção foi o conflito entre Hal, a inteligência artificial da nave, e um dos tripulantes. A cena (01:47:50 até 01:56:00) ocorre dentro da própria nave, o que torna o espaço muito mais do que só mais um elemento para a narrativa, mas sim uma parte importante do enredo. Sem dúvidas a característica mais marcante dessa sequência é o uso da cor vermelha, que cria uma atmosfera de desespero e transmite sensação de tensão. Os movimentos lentos somado ao diálogo, também devagar, ajudam a construir o clima de agonia. A câmera muito próxima e focada em Dave, principalmente em seu rosto, faz com que toda a atenção da cena esteja direcionada para o seu desespero, tornando ainda mais intenso.
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